Uma garota orfã havia sido criada com muito carinho pela irmã mais velha e, por isso, no dia em que esta fazia aniversário, ela queria dar-lhe um presente especial. Para isso pegou todas as economias, que trazia dentro de uma bolsinha, e foi até a loja de bijuterias. Lá encontrou um lindo colar de contas azuis e, como essa era a cor preferida da irmã, perguntou ao dono da loja quanto custava.
O proprietário consciente de que o colar era caro e de que a menina não teria dinheiro suficiente para paga-lo, perguntou-lhe:
-Quanto você tem aí na sua bolsinha?
A menina deu ao homem todas as suas moedas, dizendo:
-Isso é tudo que eu tenho senhor... Acho que não vai dar para comprar o colar.
-Dá sim, pois ele custa exatamente isso - disse o homem sorrindo.
A garota saiu saltitando de felicidade com o pacote na mão. Não podia nem acreditar que havia conseguido comprar aquele colar. No dia do aniversãrio da irmã, deu-lhe o presente com muito orgulho.
Ao desembrulhar o pacote, a irmã ficou muito feliz, porém, quando se pôs a imaginar o valoe do colar, concluiu que a menina não teria dinhiro suficiente para compra-lo. Assim, esperou o dia seguinte para ir até aquela loja esclarecer o fato. Chegando lá, mostrou o colar ao proprietário e perguntou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim! - respondeu o homem
- E quanto custou?
- Ah! Isso eu não posso falar, pois é confidêncial, é algo entre mim e a minha cliente.
A moça continuou indagando:
Tenho certeza que a minha irmã não teria dinheiro suficiente para compra-lo, pois possuia somente algumas moedas na bolsa e logo se vê que esse cola é algo bastante caro.
- Minha senhora, sua irmã pagou o preço mais alto que alguem poderia pagar por esse colar: ela deu tudo que tinha, e pra mim isso é mais que suficiente.
Nesse momento a jovem compreendeu o valor daquele colar.
Um gesto de delicadeza não tem preço.
Para que sua família se transforme, procure valorizar cada gesto de delicadeza de seus familiares.
Trecho do livro"Para que a minha família se tranforme"
Aurores: Maria Salette
Wilma Ruggeri
Jota Lima
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